terça-feira, 28 de setembro de 2010

IPANEMICOS

Foto de Beto França

Nós somos de Ipanema,
Nem é preciso falar,
Basta olhar nosso rosto queimado de sol
E imaginar o sol se pondo no horizonte alaranjado...
Com a galera na beira da praia,
Admirando e observando a beleza da natureza,
Conversando e brincando alegremente...
Esquecendo um mundo de concreto...
Valores morais... materiais...
Diferenças sociais... raciais...
e muito mais...
Que tenta nos corromper,
Mas não consegue...



Pois enquanto houver um por de sol...
Uma beira de praia...
Um morro verde... um céu azul... uma lua cheia...
Uma certeza de viver bem consigo mesmo...
Nós viveremos livres como os pássaros,
Cantando e agradecendo:
-Obrigado Senhor por ter nos unido assim !




Vittório Emmanuel Benevenutto

FRASE DO DIA


"Confesso que até hoje só conheci dois sinônimos perfeitos: "nunca" e "sempre".
Mário Quintana


Edição de Vittório Emmanuel Benevenutto

HISTÓRIA DE IPANEMA


Mapa de Ipanema


Foto antiga da Praça Alberto Pasqualine com Igreja da N.Sra Aparecida ao fundo


Foto antiga Igreja N.Sra.Aparecida


Foto atual Igreja N.Sra.Aparecida


IPANEMA O bairro Ipanema foi criado por lei que data de 1959. As origens do bairro remontam ao início da década de 1930, quando o Ipanema não passava de uma grande zona rural de Porto Alegre. Locais vizinhos como a Pedra Redonda, Tristeza e Cavalhada já apresentavam ocupação anterior a esta data, mas o Ipanema ainda era uma região desabitada. Dessa forma, Oswaldo Coufal comprou uma parte da propriedade então pertencente a Otto Niemayer, para em seguida loteá-la. O bairro era caracterizado por ser uma zona de cultivo de arroz, milho, aipim e frutas, além da presença de gado leiteiro. Toda essa produção era obtida através da irrigação que o Arroio Capivara proporcionava à região. A única possível via de acesso ao Ipanema era pela Estrada da Cavalhada. O bairro foi assim batizado por Oswaldo Coufal, que desejava homenagear a homônima praia de Ipanema, na capital carioca. Com a chegada dos primeiros moradores ao local, a idéia da construção da Igreja de Nossa Senhora Aparecida tomou corpo em 1937, com o forte incentivo de Dea Coufal (esposa de Oswaldo e hoje nome de uma rua do bairro). No entanto, algo que parece deixar claro o quanto o bairro permaneceu ainda um tanto desconhecido é o fato de que o primeiro pároco da Igreja assumiu seu posto apenas em 1959. Com estilo espanhol colonial, da Igreja parte a tradicional procissão dos motoqueiros, no dia 12 de outubro. Durante as décadas de 50 e 60, o Ipanema passou a ser um bairro não apenas de veraneio, mas também residencial. Moravam às margens do Guaíba alguns dos profissionais liberais mais bem sucedidos da capital, como médicos e advogados, o que dava um caráter aristocrático ao bairro. Por estas características balneárias, o bairro se tornou local de várias sedes campestres, como a da AABB e a da Fundação Rubem Berta. No entanto, ao final da década de 60, a região perde sua balneabilidade devido aos progressivos problemas de poluição que começavam a criar dificuldades em Porto Alegre. Passando pelas mesmos problemas ambientais da maioria das demais praias da capital, o Ipanema ficou esquecido pelas autoridades durante a década de 1970 e início da de 1980. Com isso, reclamações da população envolvendo o Arroio Capivara, como constantes alagamentos e mau cheiro foram deixadas de lado. Entretanto, o córrego foi canalizado em algumas partes. A partir da segunda metade da década de 80, o Ipanema volta a ser motivo de atenção, graças aos projetos de Prefeitura sobre a construção de um aterro, que aumentaria a largura da faixa de areia da praia. No entanto, o projeto não foi adiante pela discordância entre a população do bairro e o governo municipal. No início da década de 1990, a Prefeitura elaborou um novo projeto paisagístico e urbanístico para o Ipanema, dentro do programa Guaíba Vive. No entanto, a retirada dos bares irregularmente instalados na beira da praia foi extremamente longa, tendo sido essa polêmica iniciada em 1989 e somente encerrada em 2000. Entretanto, a própria Prefeitura pôs o antigo plano em banho-maria, pois acreditou ser necessário um novo projeto que abarcasse o planejamento de toda a orla do Guaíba conjuntamente, e não cada bairro ter seu próprio modelo. No início de 2004, o Morro do Osso, localizado no norte do bairro, foi ocupado por cerca de 25 famílias de índios caingangues, que afirmam ser antigos moradores do local, devido à presença de um cemitério indígena na região. Até os dias de hoje, a situação não foi definida. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: AHPAMV, Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho. FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre: Guia histórico. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1992


Ipanema visto do Morro do Osso


Início do calçadão na esquina da rua Dea Coufal e avenida Guaíba e ao fundo Morro do Sabiá


Árvore do calçadão num dia cinzento



Foto de Vittório Emmanuel Benevenutto

Calçadão em dia frio e ventoso. Ao fundo Morros do Espírito Santo e Guarujá



Foto de Vittório Emmanuel Benevenutto

Avenida Guaíba em dia de pouco movimento


Fim de tarde nublado multi-colorido



Árvore cumprida ao fundo Morros da Serraria e Ponta Grossa



Foto de Vittório Emmanuel Benevenutto

Embaixo da árvore e por do sol no Morro do Sabiá


Pedalando na ciclovia com céu cinzento-amarelado


Por do sol com nuvens visto da beira da praia próximo a imagem de Oxum


Morro do Sabiá visto de dentro do Guaíba


Grupo de pessoas observa o por do sol da beira da praia


Pessoas se divertem em volta do toldo


Beira da Praia próximo ao Café Travessia


Prática de "Kite surf" em frente ao Café Travessia


Árvore nativa, barco Travessia ancorado e Morro do Sabiá e ponta da torre da casa da juventude


Parte do calçadão, areia, trave de rede de volei e fut-volei e o Guaíba prateado


Bancos do calçadão, areia clara, dia de calor, Guaíba prateado e Morros da Serraria e da Ponta Grossa ao fundo



Tradicional caminhada matutina no calçadão


Saudosa figueira derrubada por um ciclone extra-tropical



Proximidade do trapiche


Trapiche da Othelo Rosa quando ainda tinha algumas árvores


Foto de Vittório Emmanuel Benevenutto

Fim de tarde colorido no trapiche


Jet-ski observa a explosão de cores no céu


Por de sol no Trapiche


Foto de Vittório Emmanuel Benevenutto

Anoitecendo no trapiche




Foto de Vittório Emmanuel Benevenutto

Luzes da avenida Guaíba vistas do trapiche



Foto de Vittório Emmanuel Benevenutto

Caminhada em frente a rua Pasteur e próxima ao trapiche


Pessoas observam o por de sol e os jet-skis protegidos pela figueira


Por do sol encoberto pela árvores do ancoradouro da SABI


Por do sol em frente as ruas Tito Marques Fernandes e Ladislau Neto



Edição e montagem de Vittório Emmanuel Benevenutto