sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

NÃO FAZ SENTIDO


NESSES TEMPOS MEDONHOS
EM QUE SONHOS FLORIDOS
SÃO TRANSFORMADOS
EM TESOUROS MALDITOS,
NÃO TEM, NÃO HÁ, NÃO FAZ...
NÃO TEM, NÃO HÁ, 
NÃO FAZ SENTIDO...
NÃO FAZ, NÃO FAZ,
NÃO FAZ SENTIDO...
NÃO FAZ, NÃO FAZ,
NÃO FAZ SENTIDO...

VIDA SEMPRE CONTROLADAS
POR PATRULHAS IDEOLÓGICAS
SEM NENHUMA LÓGICA
E NENHUM SENTIDO...
OÔ, OÔ...NÃO FAZ SENTIDO...
NÃO FAZ, NÃO FAZ,
NÃO FAZ SENTIDO...
NÃO FAZ, NÃO FAZ,
NÃO FAZ SENTIDO...

NÃO SE PODE NEM SER LIVRE,
NÃO SE PODE NEM SONHAR,
NÃO SE PODE NEM PENSAR,
NÃO FAZ SENTIDO...

NÃO SE PODE RENOVAR,
NÃO SE PODE NEM CRIAR,
NÃO SE PODE CONCEBER,
NEM TER SENSO COLETIVO...
OÔ, OÔ...NÃO FAZ SENTIDO...
NÃO FAZ, NÃO FAZ,
NÃO FAZ SENTIDO...
NÃO FAZ, NÃO FAZ,
NÃO FAZ SENTIDO...

NÃO SE PODE DESEJAR
PAZ E PRA TODO MUNDO,
NÃO SE PODE CAMINHAR
PRUM CAMINHO IMPRECISO,
POIS É MUITO PERIGOSO
E O PERIGO É PROIBIDO...
OÔ, OÔ...NÃO FAZ SENTIDO...
NÃO FAZ, NÃO FAZ,
NÃO FAZ SENTDO...
NÃO FAZ, NÃO FAZ,
NÃO FAZ SENTIDO...


Vittório Emmanuel Benevenutto


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

PARÁBOLA DO RATO

Certo dia,  um homem entrou numa loja de antigüidades e se deparou  com uma belíssima estátua de um rato.   

Bestificado  com a beleza da obra de arte, ele correu ao balcão e  perguntou o preço ao vendedor: 

- Quanto  custa? 

- A peça  custa R$ 50 e a história do rato custa R$ 1.000. 
- O  quê? Você ficou maluco? Vou levar só a obra de  arte. 

Feliz e  contente o homem saiu da loja com sua estátua debaixo do  braço. À medida que ia andando, percebeu mortificado que  inúmeros ratos saíam das lixeiras e bocas de lobo na rua  e passaram a segui-lo.   

Correndo  desesperado, o homem foi até o cais do porto e atirou a  peça com toda a sua força para o meio do oceano.  Incrédulo, viu toda aquela horda de ratazanas se jogarem  atrás e morrerem afogadas. 

Ainda sem  forças, o homem voltou para o antiquário e o vendedor  disse: 

- Veio  comprar a história, não é? 

- Não, eu  quero saber se você tem uma estátua do Sarney!





Material enviado por "Dr. Freud"
Edição de Vittório Emmanuel Benevenutto


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

ANO NOVO


  
O ano novo chegou...
O ano novo taí...
O ano novo pintou...
E agora eu digo:
E daí ? ...

Muita champagne pra comemorar...
Muitos foguetes no céu...
Muitas bombinhas e bombril...
Parecia até um funil
Que bebia sem parar...
Até não aguentar mais e cair...

O ano novo chegou...
O ano novo taí...
O ano novo pintou...
E agora eu digo:
E daí ? ...

Muita luta, batalha e sofrimento...
Dor de cabeça, desilusões, arrependimentos...
Mas é ano novo e só faltam 364 dias...
E daí ? ...



Vittòrio Emmanuel Benevenutto