Em 13 de maio de 1888, foi assinada a “Lei Áurea”, que
colocou um ponto final na escravidão dos negros. Por trás da boa ação da
princesa Isabel estavam o interesse comercial da Inglaterra e a pressão dos
abolicionistas.
A campanha pela abolição da escravatura durou 18 anos.
Foi o primeiro movimento social brasileiro que contou com o apoio de diferentes
segmentos da sociedade: advogados, jornalistas, comerciantes, estudantes e
professores; além da pressão dos próprios escravos nas fazendas. Na realidade,
um dos poucos setores contrários era o dos senhores de escravos.
A lei assinada pela princesa Isabel, representou uma
vitória para a Inglaterra, que pressionava o Império Brasileiro a acabar com o
sistema escravocrata; para os ingleses, era mais vantajoso o Brasil ter
trabalhadores livres, que poderiam exercer algum tipo de atividade em troca de
um salário e, assim, comprarem mercadorias inglesas.
O movimento abolicionista ganhou força com o apoio de
intelectuais brancos e negros livres. Entre os líderes estavam nomes como o
poeta Castro Alves, o político Joaquim Nabuco e os jornalistas José do
Patrocínio e Luís Gama. O movimento tinha o apoio da imprensa, como o jornal “A
Gazeta da tarde” e a “Revista Ilustrada”, que divulgavam ideias abolicionistas.
Edição de Vittório Emmanuel Benevenutto