Depois de uma longa letargia, o povo brasileiro acordou e saiu às ruas para protestar (até agora mais de 140 milhões de pessoas) contra os desmandos dos governos e políticos (municipais, estaduais, federais).
As manifestações explodiram em todas capitais do Brasil e cidades pequenas e médias, coincidentemente com o início da Copa das Confederações. As principais reclamações do povo são: transporte, saúde e educação, públicos e de qualidade; reforma política; excessos de gastos com a construção de estádios de futebol para a Copa do Mundo FIFA; a corrupção desenfreada dos políticos; a PEC 37 que extingue o poder investigativo do Ministério Público; a existência de políticos condenados pelo Supremo Tribunal Federal no Congresso Nacional, participando de Comissões importantes como a Comissão dos Direitos Humanos criando projetos homofóbicos como a "Cura Gay"; a aliança das grandes corporações, principalmente da mídia e dos empreiteiros com os governos (Globo, RBS, OAS, Maiojama, Andrade Gutierrez, etc.) para defenderem seus patrimônios e reprimirem de forma selvagem e violenta as manifestações pacíficas. Há uma pequena minoria, em torno de 1% dos manifestantes (alguns infiltrados pelas polícias e governos) de vândalos inconsequentes e marginais organizados que, sempre do meio para o fim de uma manifestação pacífica, promovem atos de depredações e saques; aí, quem sofre as consequências de bombas de gás lacrimogênio, de spray de pimenta, balas de borracha e cassetete é o povo pacífico, ordeiro e trabalhador que só quer uma vida mais digna e um país mais justo e democrático!
Foto: Poaem Movimento
Texto e edição de Vittório Emmanuel Benevenutto