sexta-feira, 24 de setembro de 2010

GUARUJÁ



Esta cronica-poética sobre o Guarujá foi escrita para minha mãe há 52 anos atrás ( 26 de fevereiro de 1958 ) por alguém que veio a ser meu pai 2 anos depois, já casado com ela. Gosto muita desta cronica pois nasci na rua dos Guenoas nº 862 e, embora não more mais no Guarujá, ainda tenho raízes profundas lá.
( Vittório Emmanuel Benevenutto )



Hoje eu revi o Guarujá ! Sim ! revi aquele Guarujá alegre e acolhedor; aquele Guarujá que rescende perfume por todos os lados; aquele Guarujá que em cada cantinho, esconde uma beleza e uma beldade...
Aquele Guarujá, cujo o céu, a cada nesguinha que nossos olhos divisam é por si só uma poesia...
Aquele Guarujá, cujas praias alvas são o protótipo, se não o próprio retrato do criador.
Aquele Guarujá, em cujas terras, vive, sonha e medita a mais linda de todas as fadas.
Aquele Guarujá, em cujos jardins encantados, encontrei certo dia, essa linda fada banhando-se nos raios dourados do sol ou na águas serenas desse rio, que não é rio nem lago, mas sim um mar encantado de água doce.
Mas ontem... Oh ! tristeza e desespero ! Meu lindo Guarujá ! Oh ! meu lindo Guarujá !
Te encontrei empanado de tristeza e desespero ! Não mais senti teu perfume, não vi tua beleza; não vi a beleza do teu céu ! Estamos de luto, Oh ! querido Guarujá ! E por que ?
Porque tua linda fada encheu de lágrimas e tristeza seus lindos olhinhos.
Mas hoje voltou a alegria e foi só umas horas que a tristeza morou contigo; e eu te vi novamente bela como és e como te vi a primeira vez que meus olhos avistaram teu rosto encantado.
Novamente senti o perfume daquele "outro" Guarujá e novamente vi a sua beleza de fada encantada e rainha dos balneários; porque, meu querido Guarujá, a tristeza em que te encontrei ontem, deixou-me de coração oprimido e a tua tristeza foi sentida por mim como se fosse minha própria tristeza; mas divisei o teu céu ! E novamente vi o céu que são os olhos da linda fada que é minha rainha.
Boa noite lindo Guarujá !




Manoel José Braz
Edição de Vittòrio Emmanuel Benevenutto

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