domingo, 21 de agosto de 2011

VIAGEM DE TREM




PENSO NELA COMO UM TREM
RODANDO SOLITÁRIA PELA SIBÉRIA,
SINTO SÉRIO A FALTA DELA,
SIGO ÉBRIO A CATA DELA,
COMO UM LOBO SOLITÁRIO
SEM LUA CHEIA PRA PODER UIVAR...
ANDO POR TRILHAS NA MONTANHA,
O SOL NASCE OURO,
MAS MEU CORAÇÃO ESTÁ PRESO
NUMA MESA DE BAR-MEDIEVAL,
FUTILIDADES NO AR,
IMAGINAÇÃO A MIL...
NOITES VAZIAS CHEIAS DE CERVEJA
ENCHENDO A FALTA DE ASSUNTO
E FUMAÇA PRA ESCONDER A CARA
E DEIXAR TUDO COMO ESTÁ,
SEI LÁ, ENTENDE ?
FUJO TRÊBADO PRA CASA,
EM CADA PASSO TROPEGO,
A PRESENÇA VIVA DELA
ME FAZ FLUTUAR
FEITO GURI NOVO,
PORQUE EU AMO
E TAMBÉM ODEIO,
POIS QUEM AMA,
SEMPRE ODEIA,
MAS QUEM ODEIA,
SEMPRE AMA.


Vittório Emmanuel Benevenutto

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