YESTERDAY...
UM CARA SENTADO NA BEIRA DO RIO
SONHANDO COM VIAGENS MALUCAS
NUM NAVIO QUE PASSA AO LARGO
RUMO AO LONGO E PERIGOSO OCEANO,
O CAPITÃO NA PONTE DE COMANDO,
OLHANDO PARA O CÉU
E PROFETIZANDO UM POSSÍVEL
ACIDENTE NO MAR,
DIZENDO PRA SI MESMO:
“ISSO NÃO É PRA MIM...”
DIAS ESTRANHOS ENTRANDO
PELOS CANOS SUBTERRANEOS DE IPANEMA,
TERRA DE APACHES DE PORRA NENHUMA,
CERVEJA, ESPUMA E BRUMA,
TANTA BRUMA, QUE SE PERDE NO LABIRINTO
DO INSTINTO DE NÃO TER NENHUM INSTINTO,
DE NÃO VER NADA ALÉM DO ÍSTMO
DE UM BAR COM MESAS E CADEIRAS...
DE PESSOAS FALSAS IDIOTAS
SEMPRE APRESENTANDO SEU VELHO ATO
DE IMBECILIDADES PRA TODO LADO,
BABAQUICE BEM VESTIDA E CHEIROSA,
MALUQUICE CARETA E BEM-COMPORTADA,
CARA DE BESTA, VOMITANDO BOSTA,
O SORRISO MAIS PODRE IMPOSSÍVEL...
E A VIDA ALI, PAIRANDO SOLTA
DE UM LADO PRA OUTRO...
SEM SER PERCEBIDA...
E TRAZ A BRISA E FAZ O LUAR,
ARRANCA O SOL DE TRÁS DO MORRO
E OS “CABEÇAS” SEMPRE ALI...
ATOLADOS NA MERDA DE SI MESMOS...
INDO PRA CASA AOS BANDOS,
NOS CARROS DOS “PAIPAIS”,
REALIZADOS E FELIZES,
DENTRO DE SUA POBRE E PODRE INUTILIDADE...
Vittorio Emmanuel Benevenutto
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